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Governo do Tocantins discute com integrantes do governo federal e dos estados amazônicos e do Pantanal ações para intensificar combate ao fogo

Durante a reunião, foram traçadas diretrizes para o combate aos incêndios, incluindo a proibição e o combate ao uso e manejo do fogo durante os períodos de estiagem

22/08/2024 às 16h05
Por: Patrícia Alves Fonte: Fábia Lázaro/Governo do Tocantins
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Ministros e representantes dos nove estados amazônicos e da região do pantanal reunidos para traçar novas ações. - Foto: Wagner Lopes / Casa Civil
Ministros e representantes dos nove estados amazônicos e da região do pantanal reunidos para traçar novas ações. - Foto: Wagner Lopes / Casa Civil

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins, Marcello Lelis, representou o governador Wanderlei Barbosa, em uma reunião em Brasília com integrantes do Governo Federal e governadores dos nove estados amazônicos e do Pantanal nessa quarta-feira,21. O encontro foi realizado na sala de situação para monitoramento dos efeitos da estiagem na Amazônia e no Pantanal.

Durante a reunião, foram traçadas diretrizes para o combate aos incêndios, incluindo a proibição e o combate ao uso e manejo do fogo durante os períodos de estiagem. As ações se concentrarão em 21 municípios que representam mais de 50% dos focos de incêndio na região amazônica. Também foi discutida uma estratégia articulada que envolve órgãos federais, estaduais e municipais de defesa e fiscalização.

Apesar do Tocantins não contar com nenhum município liderando este ranking, o secretário  Marcello Lelis anunciou que a pasta irá reunir todos os órgãos ambientais para alinhar e reforçar a estratégia de enfrentamento dos focos de incêndio, destacando o Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (CIGMA) como um importante aliado nesta tarefa. “Esta reunião foi crucial por ajudar os estados a reforçar esta ações de forma coordenada e integrada”, afirmou Lelis.

Maior Seca dos últimos anos

A seca, considerada uma das mais severas dos últimos 20 anos, foi um dos temas discutidos.  A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou o foco na Amazônia e nas regiões mais afetadas, como os municípios com maior número de focos de calor. Silva ressaltou a necessidade de proibir e fiscalizar práticas históricas de uso do fogo para manejo da terra.

Participantes

Os participantes da reunião incluíram os ministros Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Laércio Portela (Secretaria de Comunicação da Presidência).

André Lima, secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, explicou que a Comissão Interministerial de Monitoramento e Ações de Combate a Incêndios reorganizará suas frentes de combate. Com 260 frentes de incêndio na Amazônia, o Governo Federal lidera ações em 178 delas, com quase 1.500 brigadistas em 89 brigadas. A ideia é criar três frentes interfederativas para lidar com os novos focos de calor, envolvendo várias agências e órgãos de fiscalização.

Marina Silva também destacou o trabalho preventivo do Governo Federal, incluindo o controle do desmatamento e a formação de equipes de brigadistas. “Estamos enfrentando uma situação de emergência climática em mais de 1.500 municípios, devido à seca ou cheia”, afirmou.

O ministro Waldez Góes ressaltou o desafio climático, mencionando que a seca no Pantanal antecipou dois meses e que a estiagem na Amazônia também chegou mais cedo. “O período de seca será mais longo do que o usual”, alertou Góes.

O Governo Federal tem monitorado a situação em três salas de situação, tratando das enchentes no Rio Grande do Sul, dos focos de incêndio no Pantanal e da estiagem na Amazônia. Até o momento, foram liberados R$ 13,4 milhões para ações de resposta ao desastre em Mato Grosso do Sul e R$ 11,7 milhões para a região amazônica.

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