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Advogado e filho de desembargador são presos pela PF em operação que investiga suposta venda de sentenças no Tocantins

Investigação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e mandados são cumpridos pela Polícia Federal. Um dos presos é Thales André Pereira Maia, filho do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins – TJTO

24/08/2024 às 13h28
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Redação | Agência Tocantins
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Viaturas descaracterizadas da Polícia Federal estacionadas na frente do Fórum da Comarca de Palmas — Foto: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins
Viaturas descaracterizadas da Polícia Federal estacionadas na frente do Fórum da Comarca de Palmas — Foto: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins

Notícias do Tocantins: Duas pessoas foram presas preventivamente pela Polícia Federal nesta sexta-feira (23) durante a operação Máximus, que investiga suposta venda de sentenças na Justiça do Tocantins. Um dos presos é Thales André Pereira Maia, filho do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins – TJTO.

O advogado de defesa de Thales, Leandro Manzano, afirmou que só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos do processo. O segundo preso no suposto esquema investigado pela PF, é o advogado Thiago Sulino de Castro, que teria ligações com o gabinete de uma desembargadora.

A defesa dele informou que "não irá se manifestar a respeito do procedimento que corre sob sigilo, não tendo tido acesso ainda ao teor da decisão."

A procuradora geral de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Tocantins, Aurideia Pereira Loiola Dallacqua, informou que a "OAB não teve acesso ao teor das decisões e está atuando tão somente no que se refere a garantia das prerrogativas dos advogados."

Policiais federais retornando para a Superintendência da PF após cumprirem ordens judiciais durante a operação Máximus — Foto: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins
Policiais federais retornando para a Superintendência da PF após cumprirem ordens judiciais durante a operação Máximus — Foto: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins

 

Operação Máximus

Além dos dois mandados de prisão preventiva também foram cumpridas 60 ordens de busca e a preensão. Entre os alvos estão gabinete de juízes, no Fórum de Palmas, e de desembargadores, na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).

Durante o cumprimento de um dos mandados de busca foram apreendidas armas longas na casa do desembargador João Rigo Guimarães, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. Em nota, o TRE-TO informou que não é alvo da operação (Veja nota abaixo).

O TJ-TO afirmou que repassou todas as informações necessárias, segue à disposição das autoridades para prestar esclarecimento e o expediente será normal no restante do dia.

Também há mandados em dezenas de endereços em Palmas, incluindo escritórios de advocacia, e contra alvos em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. A ação foi chamada de operação Máximus.

Também foram determinadas medidas cautelares como o afastamento de cargo público, o sequestro e a indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos.

A investigação apura os crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O nome da operação faz referência à personagem do filme Gladiador (Máximus), que lutou contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano.

Veja nota do Tribunal Regional Eleitoral na íntegra

O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) informa que não é alvo da ação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira, dia 23. E que as unidades da Justiça Eleitoral, como a sede em Palmas (TO) e todas as 33 zonas eleitorais no Estado, mantêm o atendimento nesta data.

Veja nota do Tribunal Regional Eleitoral na íntegra

O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) informa que não é alvo da ação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira, dia 23. E que as unidades da Justiça Eleitoral, como a sede em Palmas (TO) e todas as 33 zonas eleitorais no Estado, mantêm o atendimento nesta data.

Veja nota do Tribunal de Justiça na íntegra

O Poder Judiciário do Tocantins (PJTO) atendeu a Operação Máximus da Polícia Federal, nesta sexta-feira (23/8), e repassou todas as informações necessárias.

Ressalta-se que, até o momento, não foi oficiado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o afastamento de nenhum membro do Judiciário tocantinense.

O PJTO reforça que segue à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários.

Informa-se também que o expediente na Presidência do Tribunal de Justiça, bem como em seu edifício-sede, na Corregedoria-Geral da Justiça, Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), Comarcas do Estado e todas as unidades ligadas ao Poder Judiciário do Tocantins segue normal nesta sexta-feira (23/8).

Veja nota da Secretaria de Estado da Comunicação na íntegra

Ainda não tivemos acesso aos autos e não temos como dizer se a decisão é referente às atividades privadas deles como advogados ou de alguma forma se comunica com as suas funções públicas. Por isso vamos esperar para poder nos posicionar acerca do tema.

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