Na tarde deste sábado, 07, um advogado foi preso em flagrante no centro de Palmas, após ser acusado de violência doméstica, embriaguez ao volante, desacato, dano ao patrimônio e injúria. O crime ocorreu em um estabelecimento comercial localizado na quadra 104 Sul, onde populares presenciaram as agressões e acionaram a Polícia Militar.
Testemunhas relataram que o advogado, visivelmente embriagado, iniciou uma discussão com a vítima e logo passou a agredi-la fisicamente. As câmeras de segurança do local registraram o ato violento. Alarmados pelos gritos e pela confusão, moradores e pessoas próximas chamaram a polícia. Os policiais do 1º Batalhão chegaram rapidamente e encontraram o advogado tentando fugir de carro, apresentando sinais claros de embriaguez.
Mesmo com as provas em vídeo das agressões, a vítima, ao chegar à 2ª Central de Atendimento 24 horas à Mulher, em Taquaralto, optou por não representar criminalmente contra o advogado. No entanto, o comportamento agressivo do acusado continuou após sua chegada à delegacia. Ele danificou vários equipamentos na unidade policial, desacatou o delegado e insultou as agentes da Polícia Civil com palavras de baixo calão, sendo autuado também por injúria e dano ao patrimônio, além dos crimes já praticados.
Após a formalização do flagrante, o advogado foi conduzido à carceragem do Quartel do Comando-Geral, onde está à disposição da Justiça. A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher está à frente das investigações e utilizará as imagens das câmeras de segurança para subsidiar o inquérito, independentemente da decisão da vítima de não formalizar a queixa.
Aguardam-se, agora, esclarecimentos por parte da Comissão de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Tocantins, que deverá se pronunciar sobre possíveis medidas disciplinares a serem adotadas contra o advogado, levando em consideração a gravidade dos crimes cometidos.
O caso repercutiu amplamente em Palmas, gerando debates sobre a aplicação rigorosa da Lei Maria da Penha e a importância de responsabilizar todos os agressores, independentemente de sua posição social ou profissional.