A presença do senador Irajá Abreu (PSD) na inauguração do terminal rodoferroviário de Alvorada, nessa terça-feira, 10, gerou uma onda de comentários negativos nos bastidores políticos. A conversa era de que o parlamentar aproveitou a ocasião e a visita do ministro Renan Filho (MDB) para tentar obter ganhos políticos com o evento.
Conhecido por não destinar recursos para o Tocantins e por não participar das articulações da bancada tocantinense para trazer investimentos para o estado, a impressão que Irajá deixou na inauguração era de que buscava “fazer sucesso com o chapéu alheio”.
A postura do senador gerou ainda mais críticas no início do evento. Ao cumprimentar nominalmente apenas o ministro Renan Filho, ignorando as demais autoridades presentes, ele demonstrou uma atitude considerada pequena. Em contraste, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) cumprimentou todos pelo nome, incluindo Irajá, demonstrando uma postura vista como mais democrática.
O discurso manso de Irajá no evento também chamou atenção. O senador, sempre tão crítico à gestão de Wanderlei Barbosa na tribuna do Senado Federal, manteve um tom neutro. A estratégia, segundo falaram algumas pessoas, era evitar uma eventual réplica do governador, já que Irajá tem um discurso frágil e está acostumado a falar sozinho, sem ser contestado.
Com o seu DNA de brigas, intrigas e tapetões, Irajá caminha para um fim melancólico de seu mandato no Senado. Assim como ocorreu com sua mãe, Kátia Abreu, ele também deve ser expulso em breve da política tocantinense.