Palmas, TO – A influenciadora digital Miris Danny Soares de Amorim, 31 anos, foi presa na noite desta sexta-feira (13), em uma operação conjunta da Polícia Militar e da Polícia Penal do Tocantins. Miris, que possuía um mandado de prisão em aberto com sentença condenatória por tráfico de drogas, foi localizada em um estabelecimento comercial de alto padrão, nas proximidades do Hospital Geral de Palmas (HGP).

De acordo com informações apuradas pela reportagem da Agência Tocantins, Miris Danny foi localizada e presa após produção de conhecimento das Agências Local de Inteligência do 1º e 6º BPM após compartilhamento de informações com a Central de Monitoramento Eletrônico - CME da Polícia Penal.

Ainda segundo apurou a reportagem, a influenciadora foi surpreendida pelos agentes enquanto estava no local, acompanhada de outras pessoas, no momento da abordagem, Miris não ofereceu resistência à ação policial.

A influenciadora foi presa em cumprimento a um mandado de prisão expedido pelo juiz Allan Martins Ferreira, da 4ª Vara Criminal e Execuções Penais de Palmas, após o trânsito em julgado de uma sentença condenatória que responsabiliza Miris Danny pelo crime de tráfico de drogas.

Após a prisão, Miris Danny foi conduzida pela Patrulha Rural do 1º BPM à 1ª Central de Atendimento da Polícia Civil (1ª CAPC), onde foi formalizada a ocorrência e iniciados os trâmites legais para seu encaminhamento ao sistema prisional, na carceragem da Unidade Penal Feminina da capital.

Em entrevista à Agência Tocantins, o comandante do 1º BPM, destacou a importância da ação conjunta e o papel crucial da inteligência policial no monitoramento e captura de indivíduos com mandados em aberto. "A ação de hoje demonstra o compromisso das nossas forças de segurança em garantir a ordem pública e cumprir a lei. Continuaremos trabalhando para combater o crime em todas as suas formas", declarou o Tenente-Coronel Thiago Monteiro, comandante do 1º BPM.

Repercussão

Miris Danny Soares de Amorim possuía um grande número de seguidores nas redes sociais, onde promovia uma vida de luxo e ostentação. A prisão da influenciadora gerou ampla repercussão nas redes, com muitos seguidores expressando surpresa e incredulidade diante das acusações.

Embora o caso ainda esteja em andamento, a condenação por tráfico de drogas e outros crimes levanta discussões sobre a influência que personalidades digitais exercem na sociedade e os perigos de comportamentos ilícitos mascarados por estilos de vida glamourosos.

Histórico criminal

Costa no sistema do poder judiciário que Miris Danny Soares de Amorim, possui uma extensa ficha criminal com passagens pela policia pelos crimes de receptação, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e falsidade ideológica.

O que diz a defesa

Até o fechamento desta matéria, a reportagem não havia conseguido contato com a defesa de Miris Danny. A Agência Tocantins deixa o espaço aberto para que a defesa possa se manifestar em momento oportuno.

Informações em anexo ao mandado de prisão

Informações do sistema de justiça que foram anexadas ao mandado de prisão, a que a reportagem  teve acesso, dão conta que a influenciadora havia sido submetida a prisão domiciliar monitorada com tornozeleira eletrônica, porém, ela violou as medidas cautelares impostas pelo judiciário com repetidas violações das condições de monitoração eletrônica.

O juiz Allan Martins Ferreira, responsável pelo caso, já havia demonstrado flexibilidade ao suspender um mandado de prisão expedido anteriormente, na expectativa de um estudo social. No entanto, a equipe multidisciplinar não conseguiu localizar a ré no endereço onde deveria estar cumprindo sua pena domiciliar, o que culminou na decisão definitiva de regressão cautelar e nova expedição do mandado de prisão.

Desrespeito à monitoração eletrônica

O documento judicial que a Agência Tocantins teve acesso, revela que Miris Danny estava cumprindo prisão domiciliar monitorada por um dispositivo eletrônico, que deveria restringir sua movimentação. No entanto, o descumprimento das condições impostas, como o não carregamento do aparelho e a saída para áreas não permitidas, incluindo pontos turísticos no Estado, agravou sua situação judicial.

O caso acende um alerta para a eficiência dos sistemas de monitoração eletrônica e a necessidade de maior fiscalização em casos de réus reincidentes ou que apresentam dificuldades em cumprir as regras estabelecidas pela Justiça.

(Reportagem: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins)