Em mais uma operação exitosa coordenada pela 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (1ª Denarc), a Polícia Civil do Tocantins impediu na noite desta sexta-feira (20) um ataque que estava sendo orquestrado por membros de uma organização criminosa contra integrantes de uma facção rival que atua dentro e fora dos presídios no Estado e o ataque seria realizado em Palmas.
A ação exitosa deflagrada pela 1ª Denarc da capital resultou na prisão de três indivíduos e na apreensão de armas, drogas e outros materiais ilícitos, consolidando mais um golpe significativo contra o crime organizado na capital.
Os suspeitos presos foram identificados como Felipe Gomes de Sousa, 29 anos, Gustavo Rodrigues Navega, 23 anos, e Luísa Nunes de Almeida Cavalcante, 20 anos, os três foram abordados e presos em um lava jato na quadra Arse 75, região sul da cidade, em posse de duas armas de fogo — dois revólveres calibre 38 e munições do mesmo calibre.
Ainda durante as diligências, em uma residência localizada na quadra Arno 42 (antiga 405 Norte) a equipe policial, apreendeu outra arma de fogo, sendo um revólver calibre 36 — munições, aproximadamente três quilos de maconha, uma porção de crack e diversos aparelhos celulares, utilizados para comunicação e coordenação das atividades criminosas.
Planejamento de ataque e disputa territorial
Segundo o delegado Alexander Costa, que comandou a operação, o grupo havia recebido ordens diretas para realizar ataques a membros de uma organização criminosa rival, oriunda do Rio de Janeiro, em uma tentativa de ampliar o controle sobre o tráfico de drogas na capital. "Nossas equipes já vinham monitorando esses indivíduos, que estavam prontos para executar um ataque mortal nas próximas horas", explicou Costa, destacando que a operação preventiva impediu um possível confronto armado entre facções.
Ainda conforme o delegado, as investigações indicam que a motivação principal do ataque seria a disputa por território para o tráfico de drogas, especialmente nas regiões periféricas de Palmas. A 1ª Denarc, que atua de forma especializada no combate ao narcotráfico, já vinha acompanhando o movimento de ambas as facções, utilizando técnicas de inteligência policial e monitoramento digital para rastrear as ações dos criminosos.
Apreensão e prisão
Com base nas provas reunidas durante a operação, os três suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo (Art. 14 da Lei 10.826/2003) e tráfico de drogas (Art. 33 da Lei 11.343/2006). Felipe Gomes de Sousa e Gustavo Rodrigues Navega foram transferidos para a Unidade Penal Regional de Palmas (UPRP), enquanto Luísa Nunes de Almeida Cavalcante foi encaminhada à Unidade Penal Feminina de Palmas. Ambos os estabelecimentos são destinados à custódia de presos provisórios até o andamento do processo penal.
Além disso, as armas apreendidas passarão por perícia no Instituto de Criminalística, onde serão analisadas em busca de possíveis vinculações com crimes anteriores. As drogas, após quantificação e testes de confirmação de substância, também seguirão para a destruição conforme os trâmites legais.
Investigação em andamento
O delegado Alexander Costa enfatizou que as investigações continuam com o objetivo de identificar outros membros das duas facções que atuam na capital. "Nosso trabalho é permanente, e a operação de hoje reforça o compromisso da Polícia Civil com a segurança da população de Palmas e do Tocantins. Não mediremos esforços para desarticular essas organizações e garantir que a lei prevaleça", afirmou.
Ainda segundo a autoridade policial, a Polícia Civil do Tocantins segue empregando técnicas de investigação avançadas, como o uso de inteligência policial e operações de campo integradas com outras forças de segurança, para combater a expansão do crime organizado e o tráfico de drogas na região.
(Reportagem: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins)