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Após denúncia, PM apreende armas da Polícia Civil e meio milhão de reais com suspeitos por compra de votos em Pequizeiro

Os envolvidos foram liberados após prestarem depoimento. Um deles alegou que uma das armas pertence à sua esposa, delegada da Polícia Civil.

06/10/2024 às 14h23 Atualizada em 06/10/2024 às 20h11
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Redação | Agência Tocantins
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Vista aérea da área urbana de Pequizeiro do Tocantins - Foto: Divulgação
Vista aérea da área urbana de Pequizeiro do Tocantins - Foto: Divulgação

Pequizeiro, TO – Três homens foram detidos neste domingo (6), em Pequizeiro, na região centro-norte do Tocantins, sob suspeita de envolvimento em compra de votos. Durante a abordagem, a Polícia Militar encontrou armas de fogo, dinheiro e cheques que totalizam mais de R$ 590 mil. Os suspeitos foram liberados após serem ouvidos pela Polícia Civil, e os nomes deles não foram divulgados.

A ação ocorreu após uma denúncia anônima relatar que um veículo estaria sendo utilizado para a compra de votos no município. Em patrulhamento, os militares localizaram o carro com três ocupantes. Durante a revista, foi encontrada uma pistola Taurus PT calibre 380, com 12 munições, além de R$ 2.700 em cédulas de R$ 50, no interior da porta dianteira do veículo.

Ao serem questionados, um dos homens afirmou que a pistola pertencia ao Fórum de Colinas do Tocantins e estava registrada em nome de sua esposa, que é delegada da Polícia Civil. No entanto, a documentação da arma não foi apresentada no momento da abordagem, levantando suspeitas sobre o uso do armamento.

Dentro do carro, os policiais também encontraram uma maleta preta contendo R$ 520 em notas de R$ 20, duas facas, e cinco folhas de cheque preenchidas, que totalizavam R$ 592.818. Além disso, havia três folhas de cheque em branco, sendo que uma delas já estava assinada.

Com outro dos suspeitos, a PM apreendeu uma pistola Glock, calibre .40, com um carregador e 14 munições intactas. Essa arma também pertencia à Polícia Civil, o que reforçou as suspeitas sobre a possível utilização de armamento oficial no esquema de compra de votos.

Os três homens, juntamente com o dinheiro, cheques e armas apreendidas, foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Guaraí. Lá, prestaram depoimento, mas foram liberados logo em seguida pela autoridade policial responsável. O caso segue sob investigação, com a Polícia Civil apurando a relação entre os suspeitos e os crimes eleitorais, além da procedência dos armamentos encontrados.

A proximidade das eleições municipais torna a investigação ainda mais relevante, já que as autoridades têm intensificado o combate a práticas ilegais, como a compra de votos, para garantir a integridade do processo eleitoral. Até o momento, não foi confirmada qualquer ligação oficial dos suspeitos com campanhas políticas na região.

A Polícia Civil do Tocantins, por meio de nota, informou que está tomando todas as medidas necessárias para a apuração completa dos fatos e que não tolerará crimes eleitorais no estado.

O site Agência Tocantins continuará acompanhando o andamento das investigações e trará atualizações sobre o caso.

 

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