A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira, 18, três suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em furtar e revender veículos. A ação foi realizada em cumprimento a mandados de prisão expedidos pela Vara Criminal de Augustinópolis (TO), em uma operação que envolveu o Núcleo de Apoio à Investigação Regional do Lago de Tucuruí e a 20ª Delegacia Seccional Urbana de Parauapebas (PA).

Os indivíduos, cujas identidades não foram divulgadas, são investigados pelo furto de um automóvel Volkswagen Gol, de cor prata, ano 2014, ocorrido no último dia 7 de agosto em Augustinópolis. Após o crime, os suspeitos fugiram para Parauapebas, onde foram localizados e presos nesta sexta-feira.

Esquema de furto e revenda

Segundo o delegado responsável pela 12ª Delegacia de Polícia de Augustinópolis, o grupo atuava vendendo veículos furtados pela internet a preços abaixo do mercado. Devido a irregularidades nos veículos, como débitos e impossibilidade de transferência junto ao Detran, os compradores não conseguiam regularizar o carro. Depois de realizar a venda, os criminosos utilizavam uma chave reserva para furtar o mesmo veículo e, em seguida, revendê-lo, mantendo o ciclo criminoso.

As investigações apontam que, após venderem o automóvel em Augustinópolis, os suspeitos retornaram à cidade quatro dias depois para furtar o veículo, que havia sido deixado em uma oficina para manutenção do sistema de som. Aproveitando a ausência dos funcionários, eles entraram no local com a chave reserva e levaram o carro para o Estado do Maranhão e, posteriormente, para o Pará, onde tentariam revender o veículo novamente.

Prisão e processo

Os três suspeitos foram indiciados por furto qualificado e associação criminosa, crimes previstos no Código Penal. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar 10 anos de prisão. Com o cumprimento dos mandados de prisão preventiva, o grupo permanece detido em Parauapebas, à disposição da Justiça, até serem recambiados para o Tocantins.

O delegado responsável pela operação destacou o impacto da ação: "Essa quadrilha causava grandes prejuízos, tanto para os proprietários dos veículos quanto para os compradores que acreditavam estar fazendo uma compra legítima", concluiu.