A prefeitura de Palmas, comandada pela prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), estaria pressionando servidores e perseguindo prestadores de serviço que se manifestaram politicamente em favor da candidata a prefeita Janad Valcari (PL) e de vereadores ligados a candidata. Cinthia apoiou o candidato do seu partido Junior Geo no primeiro turno e neste segundo turno está apoiando o candidato do Podemos, Eduardo Siqueira Campos.
Uma dessas perseguições aconteceu com Ana Zélia, moradora do distrito de Taquaruçu, que prestava serviço no Resolve Palmas como auxiliar de serviços gerais. “Logo após ir votar postei em minhas redes sociais uma foto da Janad com o vereador que eu votei, o Marilon Barbosa (Republicanos). Na terça-feira, dia 8, fui chamada pela empresa e desligada do quadro de funcionários. Eu não tinha nenhuma falta, nenhuma anotação de advertência ou desvio de conduta. Então ficou claro para mim que foi por perseguição política”, afirmou a ex-funcionária.
Já Felipe funcionário terceirizado há 15 anos da escola municipal Sueli Reche, que declarou apoio à Janad através da adesivação do seu carro com foto da candidata foi demitido por telefone apenas cinco dias depois, também funcionário exemplar, sem faltas e sem anotações em seu histórico. “Se o motivo foi esse eu não me arrependo. Você acha que eu vou declarar apoio a Eduardo, que poderia ter ajudado o povo e não o fez. Do outro lado tinha o Junior Geo, que foi para o lado da Cinthia Ribeiro que todo mundo sabe os escândalos dela, como no transporte público que ela destruiu, sem falar do transporte escolar com 25 linhas paradas. Não me arrependo de nada”, afirmou.
Segundo informações da nossa reportagem o clima nas prestadoras de serviço é de terror. Todo mundo aqui na empresa tem medo de se manifestar e acabar sendo demitido. O que se diz nos corredores é que se o candidato da prefeita perder a empresa vai demitir todo mundo. Para mim isso é um tipo de pressão inescrupulosa e deveria ser investigada pela Justiça Eleitoral”, afirmou uma outra funcionária que pediu para não ser identificada.
Nossa reportagem entrou em contato com a empresa Global e com a prefeitura de Palmas para pedir uma nota sobre o assunto, mas até agora não obteve resposta. O espaço continua aberto.
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