Geral DESCASO
Família de Subtenente da Polícia Militar enfrenta dificuldades na liberação de corpo no IML de Palmas
Segundo familiares, o médico legista de plantão teria se recusado a liberar o corpo.
21/10/2024 12h01 Atualizada há 1 mês
Por: Patrícia Alves Fonte: Redação | Agência Tocantins
Foto: Divulgação

 A família do Subtenente da Polícia Militar do Tocantins, José Carvalho, que faleceu no último domingo (20), passou por momentos de extrema angústia ao enfrentar dificuldades na liberação do corpo para o velório, em um incidente que envolveu o Instituto Médico Legal (IML) de Palmas.

Segundo familiares, o médico legista de plantão teria se recusado a liberar o corpo, exigindo que o prontuário médico completo do Hospital Geral de Palmas (HGP) fosse apresentado. O problema é que o prontuário, conforme relatado, poderia levar até sete dias para ser emitido, inviabilizando a cerimônia de despedida do militar de 52 anos, que dedicou décadas de serviço à segurança pública do estado.

Izabela Alves de Araújo, filha do subtenente, descreveu o desespero ao ver a liberação do corpo ser travada por questões burocráticas. “A dor da perda já é difícil, e essa demora só piorou nosso sofrimento. O médico do IML disse que só liberaria o corpo após ter o prontuário em mãos, e esse documento poderia demorar dias”, lamentou Izabela.

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Diante do impasse, a família pediu o auxílio da Polícia Militar, que enviou uma assistente social para mediar à situação. Após diversas tratativas, o corpo foi finalmente liberado para o velório, garantindo que as últimas homenagens ao subtenente fossem prestadas.

Testemunha da situação, o empresário César Rodrigues dos Santos, destacou a gravidade do ocorrido: “Se fosse preciso esperar pelo prontuário, o corpo não estaria mais em condições de ser velado adequadamente. Isso seria um desrespeito enorme à família”.

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A ocorrência foi registrada pelas autoridades como prevaricação e impedimento de cerimônia funerária, o que deve desencadear investigações para apurar possíveis responsabilidades. Até o momento, o IML de Palmas e a Polícia Militar do Tocantins não se manifestaram oficialmente sobre o caso.

O incidente chamou a atenção para a necessidade de humanização nos processos que envolvem liberação de corpos, especialmente quando se tratam de servidores públicos que dedicaram suas vidas ao serviço da sociedade. Para a família e amigos, a situação agravou o sofrimento de uma perda que, por si só, já era devastadora.

 

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(Reportagem: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins)