Economia ECONOMIA
Banco Central amplia segurança no uso do Pix com novas regras em vigor a partir desta sexta-feira, 1º
As mudanças incluem também diretrizes de segurança mais rígidas para as instituições financeiras. Operações de mais de R$ 200 dependerão de dispositivos cadastrados
01/11/2024 07h40 Atualizada há 3 semanas
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Redação | Agência Tocantins

A partir desta sexta-feira, 1º de novembro, o Banco Central (BC) implementa novas regras para o uso do Pix, sistema de pagamentos instantâneos adotado em larga escala no Brasil, visando fortalecer a segurança e dificultar a atuação de golpistas. As mudanças se concentram no aumento da proteção em transações de valores mais altos e na inclusão de novos dispositivos ao sistema de pagamento, conforme a orientação do BC.

Mudanças no uso de novos dispositivos

Uma das principais alterações afeta dispositivos novos, como celulares ou computadores que nunca foram usados para fazer transações via Pix. Agora, para realizar transferências acima de R$ 200, esses aparelhos precisam ser previamente cadastrados na instituição financeira do usuário. Sem esse cadastro, o limite diário de transferências para esses dispositivos será de até R$ 1 mil​

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Essa medida tem como objetivo reduzir fraudes, evitando que golpistas utilizem dispositivos não autorizados para movimentar grandes quantias.

Para os usuários que já usam o Pix em dispositivos previamente registrados, as novas regras não trazem grandes impactos. Entretanto, caso seja necessário usar um novo dispositivo, como um celular adquirido recentemente ou um computador, o cadastro desse equipamento será obrigatório para continuar realizando transações acima dos limites estabelecidos​

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Novas medidas de segurança

As mudanças incluem também diretrizes de segurança mais rígidas para as instituições financeiras. A partir de agora, os bancos e demais operadoras do Pix devem monitorar transações e implementar sistemas que identifiquem atividades suspeitas ou que estejam fora do perfil usual dos clientes. Esse monitoramento inclui verificação semestral das contas com marcações de fraude nos sistemas do Banco Central. Em casos de suspeita comprovada de fraudes, os bancos poderão, inclusive, encerrar o relacionamento com o cliente​

Outra exigência é que os bancos comuniquem aos clientes, por meio de canais acessíveis, as melhores práticas de segurança no uso do Pix, reforçando as orientações para evitar golpes e mantendo o compromisso com a integridade das transações.

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Perspectivas para o Pix Automático

Além das atualizações de segurança, o BC já anunciou o lançamento do Pix Automático, previsto para junho de 2025. Este novo recurso permitirá que pagamentos recorrentes, como contas de serviços públicos e mensalidades, sejam cobrados automaticamente, com prévia autorização do usuário. O objetivo é facilitar a vida dos consumidores e das empresas, tornando o processo de cobrança mais eficiente e minimizando inadimplências​

As mudanças no Pix representam uma nova fase de aprimoramento do sistema, que desde sua criação em 2020, transformou o cenário de transações financeiras no país. Com as novas diretrizes, o Banco Central espera manter a confiança dos brasileiros no Pix, promovendo um ambiente mais seguro e confiável para todos os usuários.

Como se adaptar às novas regras

Os usuários devem verificar com suas instituições financeiras se seus dispositivos estão devidamente cadastrados para evitar limitações em transferências de valores mais altos. A proatividade dos clientes em relação à segurança digital, somada ao cumprimento das novas normas pelas instituições, é essencial para a experiência segura e eficiente do Pix.

Essas iniciativas reforçam o compromisso do Banco Central em manter o Pix como um dos sistemas de pagamento mais acessíveis e confiáveis, equilibrando praticidade com rigor na segurança.

 

(Reportagem: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins)